quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Salpicos da cidade

Salpicam as gotas no alcatrão
Mas a "pressa" citadina não muda
O vento assusta e deita ao chão
As árvores tombam,sem que se as acuda

Batem forte as ondas no cais
Os "cacilheiros" continuam a atracar
Chegam e partem esses comboios iguais
Sem atrasos a apontar

Correm para não se atrasar
com o medo do seu ganha pão
Correm para cedo chegar
E ouvir na TV o "conta tostão"

Assim a "pressa" vive em nós
não vale pena lamentar
Porque o mundo é a voz
que vai sempre dominar...






quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Sorriso

Qual é o limite? Até onde pode o amor levar? Quantos mais dias este peso se mantém nas nossas costas?
Faço estas perguntas, não porque as sofra diretamente, mas sim por causa de tantas pessoas espalhadas por esse mundo fora, que têm as suas vidas condicionadas por variados problemas que as fazem sofrer.
Das sensações mais inquietantes que se pode ter é sem duvida o da inutilidade, o sentir que não esta nas nossas mãos poder mudar alguma coisa na prática. Pode não estar nas nossas mãos a solução, mas esta com certeza nos joelhos, ou seja,no despojamento da oração, no fazer-se pequeno perante Deus e pedir por aqueles que mais gostamos e que sofrem. 
"Mundanamente" falando esta solução parece muito subjetiva e de ultimo recurso, mas esta solução atua mesmo, demora o seu tempo é verdade, porque o tempo de Deus não é igual ao dos homens. 
Falando de mim, gostava de poder ajudar aqueles que veem ao meu encontro, gostava mesmo, mas não consigo, como muitos não conseguem, posso sim é usar-me e degastar-me por quem me procura e acredita em mim. ĩr para além do pedido, surpreender com a entrega, dizer uma palavra, provocar um sorriso é muitas vezes o melhor remédio para curar a doença da dor de um coração. Não gosto de discurso de "telenovela",«Não te preocupes, que tudo vai correr bem» , «Sê forte», «Tu aguentas», não passam de palavras bonitas e expressões de protocolo, acredito muito mais na ação, no apoio constante, na persistência da fé que faz mover montanhas e quando menos se espera faz as boas noticias"brotarem"! Rasgar o coração e arrebatar com a nossa força os que precisam de nós, mostrar um sorriso, tocar o coração de Deus com uma suplica...
O sofrimento faz parte da vida, assim como a fé, e esta ultima é grande arma para os precipícios do dia-a-dia.

Um sorriso
A Fé
Um pedido
A alegria
Uma surpresa
A entrega
Com isto...O mundo não precisava de armas...




sábado, 1 de outubro de 2011

a Verdade

As mentiras mais cruéis são frequentemente ditas em silêncio, nas costas, ou seja quando é mais fácil.
Se existe uma mensagem que acho que é fundamental que Jesus deixou, foi lutar sempre pela verdade, mesmo que doa. Não suporto as mentiras por trás, muito menos quando são feitas entre pessoas que se dizem amigas, logo ai, há um noção de amizade muito distorcida e um cinismo acentuado e baseado na mentira fácil, ou seja, feita pelas costas.
Se vamos há missa, se comungamos o corpo de Cristo e depois no concreto temos dois pesos e duas medidas, de que vale todas estas "religiosidades"? Se defendemos firmemente aquilo que a Igreja nos pede e no concreto fazemos o contrário, para que defende-la?
Mesquinheces, umbiguites, mentiras, vinganças, é isso que a igreja precisa? É isso que oferece a cada um de nós a vida eterna? Irá a Igreja assim atingir o seu caminho e a sua plenitude? Não me parece, se somos aquilo que mostramos e não somos aquilo em que dizemos acreditar, então há sem duvida uma realidade dentro de nós bem distorcida, mentirosa e cinica.
Precisamos de ser transparentes para que através de nós se consiga complementar a Cruz, o madeiro, pobre e despojado, que existe e se prolonga por entre os séculos e um desses motivos é porque transmite e apela á verdade!